“Título: __________”


Estrutura:

    1. Introduza a sua pergunta ou tópico
        (a) Qual é o seu argumento ou tese?
        (b) Contextualize o seu tópico

Este projeto nasce do desafio de pensar uma exposição sem um lugar específico e com os constrangimentos atuais. Mais do que ultrapassar obstáculos interessa-me utilizar esses obstáculos para produzir uma exposição que responda ao momento peculiar em que vivemos. Como é que se pode ir ao encontro de uma obra de arte mesmo estando impossibilitado de frequentar galerias ou museus?

    2. Dê informação de fundo
        (a) História
        (b) Definição de termos chave
        (c)  Porque é que é importante?

A premissa é simples, dar oportunidade ao público para interagir com uma exposição, baseada em instruções criadas por 12 artistas. O título da exposição “Título: __________” evoca essa abertura, a oportunidade construtiva deste projecto que não existe sem a interação direta das pessoas onde quer que estejam, que neste tempo de quarentena tende a ser em casa.

Esta proposta tem um lado intrinsecamente performativo, a oportunidade de abrir a janela do processo criativo dos artistas, levar-nos a refletir não só sobre o produto final de uma obra de arte, mas também sobre o seu processo.

    3. Desenvolvimento
        (a) Exemplo
        (b) Mais exemplos
        (c)  Conclusão do desenvolvimento

A “exposição” é a compilação destas instruções numa publicação que pode ser descarregada neste site. O produto final deste projecto tem, portanto, 2 partes: a publicação das instruções e a consequente interação com as mesmas.

Não são instruções completamente fechadas como um armário do IKEA, mas sim abertas, que dão ao público a oportunidade de interagir com as propostas criativamente.

O objetivo não é criar uma brochura de ensino à distância nem tão pouco produzir uma réplica perfeita da obra de um artista. Ao navegar esta publicação, temos propostas que nos levam a um produto final mais físico, outras mais performativo, reflexões sobre o espaço e a cor, a receita para um típico prato de Vatapá ou ainda como pintar a água e sal.

Os artistas olharam para a premissa de ver a sua obra produzida por outra pessoa não como um constrangimento, mas como uma oportunidade de explorar os resultados imprevisíveis que advêm deste processo, com abertura (e entusiasmo) para a aleatoriedade dos resultados.

    4. Conclusão final

Aquilo que começou como uma “compilação de instruções” acabou como uma reflexão sobre o processo criativo dos artistas, quase como um arquivo de processos de trabalho.

Mesmo em distanciamento social, através destas instruções somos de certa maneira convidados a habitar o seu atelier, esse lugar de intimidade, onde vemos o que fascina e move a criação das suas obras. Devemos entrar com cuidado, lentamente, com tempo e paciência, preparados para ser surpreendidos.

    5. Bibliografia

Williams, G., 2015. How To Write About Contemporary Art. London: Thames & Hudson, pp.112-113.



Rita Silveira Machado





Organização
Pousio — Arte e Cultura

Edição e Curadoria
Rita Silveira Machado

Comunicação e Design
Mel Dominguez

Artistas
Ana Paganini, André Costa, Catarina Mantero, Catarina Rodrigues, Joana Tejo, José Sottomayor, Maria Appleton, MOM, Martim Mesquita Guimarães, Rita RA, Sebastião Cavaco, Xavier Ovídio