Maria Appleton
Teste 20 série places “Ponte
em Hemishofen”, 2019
Seda papel impressa com
seda organza tinginda
29,7 x 42 cm
Teste 20 série places “Ponte
em Hemishofen”, 2019
Seda papel impressa com
seda organza tinginda
29,7 x 42 cm
Maria Appleton
Teste 16 série places “convento”, 2019
Linho e seda impressos com seda organza tingida
29,7 x 42 cm
Teste 16 série places “convento”, 2019
Linho e seda impressos com seda organza tingida
29,7 x 42 cm
Maria Appleton
Teste 14 série places “Biombo”, 2019
Algodão
29,7 x 42 cm
Teste 14 série places “Biombo”, 2019
Algodão
29,7 x 42 cm
Maria Appleton
Teste 5 série places “in between
air territories”, 2019
Impressão digital em poliéster
com gaze de algodão impressa
29,7 x 42 cm
Teste 5 série places “in between
air territories”, 2019
Impressão digital em poliéster
com gaze de algodão impressa
29,7 x 42 cm
Maria Appleton
Teste 3 série places “Austria
in Camden”, 2019
Impressão digital em poliéster
com gaze de algodão impressa
29,7 x 42 cm
Teste 3 série places “Austria
in Camden”, 2019
Impressão digital em poliéster
com gaze de algodão impressa
29,7 x 42 cm
Maria Appleton
Teste 1 série places “Barragem
do Texas”, 2019
Impressão digital em poliéster
com gaze de algodão impressa
29,7 x 42 cm
Teste 1 série places “Barragem
do Texas”, 2019
Impressão digital em poliéster
com gaze de algodão impressa
29,7 x 42 cm
PT | ENG
Parte do projecto Places in between nowhere and everywhere, os trabalhos de Maria Appleton que agora se exibem, pequenos estudos que antecederam as peças de maiores dimensões da mesma série, reflectem sobre o espaço enquanto matéria subjectiva. Explorando a construção mútua entre os espaços e os corpos que neles se inserem, as suas obras, compostas por camadas justapostas de tecidos, criam espaços-formas flexíveis, em adequação com o ambiente que os rodeia e a interioridade de quem rodeiam, adaptável e mutável como os têxteis. As suas peças permitem, então, que entendamos os espaços enquanto construções maleáveis que se modificam consoante a sua relação com a performatividade dos corpos e não enquanto construções rígidas e estanques no tempo. Neste sentido, oferecem a possibilidade de se pensarem novas formas de construir e imaginar um espaço, que melhor traduzam a flexibilidade e a transição das prácticas de que são imbuídos actualmente. Por meio da maleabilidade dos tecidos, Appleton torna, então, o espaço num lugar subjectivo, porque variável e relativo ao sujeito, mais conectado com os movimentos do corpo que o ocupa ou, neste caso, percepciona.
Também nestes trabalhos, a artista sobrepõe tecidos sobre fotografias de antigos slides familiares, que lhe permitem visualizar os espaços a serem criados pelos têxteis. Em Austria in Camden, por exemplo, coloca um pedaço de tecido por cima de uma fotografia também impressa em tecido, ocultando-a. Desta forma, joga com a transparência e a opacidade dada pela cor e a trama dos materiais, assim como analisa a potencialidade de alterar o enquadramento do espaço dado pela fotografia a partir dos tecidos. Assim, evidencia como os espaços, os corpos e as próprias memórias que se entrelaçam nestas imagens são, no fundo, matéria subjectiva. De facto, independentemente de existirem virtualmente e na medida em que podem ser adulterados e transpostos de um meio para outro, neste caso um matérico como o têxtil, a sua presença mantém-se independentemente do lugar em que se encontram – seja este mental, virtual ou geográfico – e do lugar em que se encontra quem os percepciona.